Um helicóptero em que viajava o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, fez um “pouso difícil” após um incidente no ar neste domingo (19). A aeronave ainda não foi localizada, embora a agência oficial iraniana tivesse informado anteriormente que havia identificado o local exato. Dois membros da comitiva presidencial fizeram contato com equipes de resgate, o que indicaria que o acidente não foi violento, segundo a agência oficial de notícias IRNA.
OS ACONTECIMENTOS
Raisi voltava de reunião perto da fronteira com o Azerbaijão quando o incidente ocorreu. A aeronave pousou em Jolfa, a cerca de 600 quilômetros de Teerã, informou a agência oficial iraniana IRNA (Islamic Republic News Agency).
O presidente estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores do país, Hossein Amirabdollahian, no helicóptero. O governador da província do Leste do Azerbaijão, Malek Rahmati, também estava na aeronave, de acordo com a agência iraniana. O último passageiro é o líder de oração de sexta-feira de Tabriz, Hojjatoleslam Al Hashem.
Informações desencontradas. Mais cedo, um oficial citado pela agência Reuters havia afirmado que as informações iniciais sobre o acidente eram “preocupantes”. O contato com dois integrantes da comitiva presidencial que estavam na aeronave, porém, dava a entender que o incidente não seria grave.
Quarenta equipes de busca e oito ambulâncias foram enviadas para a região. Até o momento, nenhuma informação sobre o estado de saúde do presidente ou de algum ocupante do helicóptero foi confirmada.
Raisi estava em encontro com presidente do Azerbaijão antes do incidente. O evento com Ilhan Aliyev foi em uma inauguração de barragem no rio Aras, nas zonas fronteiriças entre os dois países. Uma foto com os dois foi publicada nas redes sociais mais cedo.
QUEM É RAISI?
Considerado um ultraconservador, foi eleito em 18 de junho de 2021, no primeiro turno. As votações foram marcadas por uma abstenção recorde em eleições presidenciais e com a ausência de um opositor forte.
Nascido em novembro de 1960 na cidade sagrada xiita de Mashhad, no nordeste do país. Raisi fez carreira no Judiciário em cargos de procurador-geral entre 2014 e 2016, vice-chefe de Justiça de 2004 a 2014 e promotor e procurador adjunto de Teerã nas décadas de 1980 e 1990.
O iraniano substituiu o moderado Hasan Rohani. A principal conquista de Rohani em seus dois mandatos foi o acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências ocidentais. Rouhani ganhou de Raisi nas eleições presidenciais de 2017 e, após dois mandatos consecutivos, não pôde concorrer novamente.
O presidente do Irã participou do chamado “comitê da morte”. O grupo de acusação foi responsável por executar milhares de presos políticos no país em 1988. Raisi está na lista de líderes iranianos que Washington sancionou por “cumplicidade” em “graves violações dos direitos humanos”, acusações rejeitadas pelas autoridades de Teerã.
Fonte: Uol News / Islamic Republic News Agency.