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O TERCEIRO SETOR NO TRATO E GESTÃO DE PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES JUNTO A REGIÃO NORTE DO BRASIL.

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“THE THIRD SECTOR IN THE TREATMENT AND MANAGEMENT OF PEOPLE WITH HIGH SKILLS IN THE NORTHERN REGION OF BRAZIL”

“LE TROISIÈME SECTEUR DANS LE TRAITEMENT ET LA GESTION DES PERSONNES HAUTES COMPÉTENCES DANS LA RÉGION NORD DU BRÉSIL.”

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-ARPHAS –Associação de Amigos, Responsáveis, e Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação em Rondônia.

Josiane Dos Santos Veiga.

Graduada em Pedagogia – Pós Graduada em Psicopedagogia.

Sashe Iure Teles Calado Luz   

Graduado Jornalismo, Economia (Estácio de Sá), Pós Graduado em Síndrome Espectro Autista (Zayn Educacional 2022), Pós Graduando Testes Avaliativos e Neuropsicologia, Avaliação Clínica Psicológica, Psicologia Cognitivo e Comportamental (Faculdade Maximum – 2023), Graduando Psicologia (FCR -2023 e outros).

  1. – Introdução

Altas Habilidades de acordo com a percepção popular é a capacidade de exercer diversas formas de ações de maneira anormal ou não comum, onde sua operação proporciona efeitos diferentes daqueles exercidos por uma pessoa considerada regular, entretanto, a fonte das altas habilidades também é trazida como uma forma de comparação a palavra Superdotação, derivativa da forma de pensar abstratamente, de forma geral ou específica, entretanto conduzida por derivações, anuências ou não anuências em pugnações especificas do saber, podendo a palavra superdotação ser o núcleo para o exercício de altas habilidades, tendo sua origem como preâmbulo das habilidades tanto para exercício da inteligência, sabedora, esporte ou atividades físicas decorrentes de ações corporais especificas ou global.

De acordo com Joseph J Renzulli psicólogo americano criador da teoria dos três anéis no apoio ao ensino de superdotados, pessoa com superdotação são aquelas com altas habilidades ao uso da criatividade, tarefas e comprometimentos, com atuação geral ou especifica de forma não padrão ou regular.

Os estudantes com altas habilidades/superdotação (AH/SD), tal como os estudantes que apresentam alguma deficiência, têm necessidades educacionais específicas, que precisam e devem ser atendidas, no sistema de ensino, de modo adequado a cada demanda (Brasil, 2008).É de maneira inadequada pensar que pessoas com (AH/SD) não precisam ser ensinadas, sendo uma controvérsia de repercussão geral que podem abranger danos ao desenvolvimento deste sujeito, ou retração a sua capacidade, tendo por lógica a necessidade de adequação ao apontamento de sua capacitação para melhoria, intensidade, controle e gestão.

Alguns sujeitos com (AH/SD) podem exercer funções de ações especificas de alto teor de controle, entretanto também podem ser totalmente inaptos para ações diferentes dos seus interesses, um exemplo básico é uma pessoal com extrema superdotação em matemática ser de extrema baixa intensidade em língua portuguesa eis não ser área de interesse hiperfocal do sujeito.

A realização especifica do teste (Q.I) quociente de inteligência, nem sempre pode medir exatamente todas as áreas de alto desempenho que a pessoa tem, não sendo adequado o uso deste teste como consagrado a garantir a comprovação da superdotação, assim como pelo teste WAIS, que é mais utilizado, considera-se que o superdotado é aquele que obtenha mais de 130 de QI, com o desvio padrão de 15 quinze pontos, sendo 2% dois por cento mais elevados, entretanto, na atualidade outras formas de avaliações estão sendo criadas para identificar a superdotação, vide grande variações e não exatamente mensuração ser integral na identificação do SD.

Os estudos motivados para o reconhecimento precoce da pessoa com (AH/SD), para criar-se providências adequadas no seu amparo e desenvolvimento, são de teores baixos no Brasil, obtendo referências maiores em países desenvolvidos, tais como os Estados Unidos da América.

Atribuir-se a Guy H. Wipple a criação do termo superdotado, como uma denominação das crianças/adultos com uma capacidade superior à normal (Enciclopédia de Educação Monroe, 1920).

Indicadores de profissionais que estudam tais casos são os pesquisadores Renzulli, Smith, White, Callahan, Hartman e Westberg, que em seus estudos colocam o professor para avaliar a frequência com que os aspectos padrões com a relação á aprendizagem, criatividade e motivação são registrados, no dia a dia dos sujeitos, tendo questionários, entrevistas ou conversas profundas e longas, tanto com a pessoa, assim como a sua família, além dos professores e testes como base padrão, fora da mensuração numérica de ordem absoluta baseados na psicometria.

Desde o surgimento do conceito, dadas as diferentes definições, a natureza das suas intenções, formatos jurídicos e características intrínsecas à obtenção de meios para garantir a sua sobrevivência (COELHO, 2002), as organizações pertencentes ao Terceiro Setor no Brasil estão inseridas em um cenário ora de avanços ora de retrocessos nos aspectos relacionados à legislação, gestão e captação de recursos em um caminho tortuoso trilhado ao longo de sua história.

As primeiras evidencias do terceiro setor ou relações a ele obteve meados de aparecimento com a criação da Santa Casa de Misericórdia, de poder total assistencialista, criado por Brás Cubas em 1543, (IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA,2012), no mais tardar dentro do regime militar brasileiro, abriram-se novos movimentos sociais contrários à conjunção política que reprimia as dignidades sociais e suas causas, tendo no final de 1990 a lei do Terceiro Setor, dando nomenclatura de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, conhecidas também como OSCIPs, (BRASIL, 1999).

Com a certificação dada as organizações da sociedade civil criou acesso a novos recursos por meio de um Termo de Parceria entre o Poder Público para finalidades específicas, assumindo obrigações e responsabilidades, tendo sua transparência poder administrativo, desde então, o terceiro setor, é tido como um tema de notória relevância no âmbito dos diversos segmentos da sociedade civil, da academia, como também do primeiro segundo setor, entretanto os relacionamentos entre essas entidades e o ente governamental, obtêm certa negligência na transparência sendo ela privada.

Entretanto, ainda há muitas dúvidas com relação aos relacionamentos entre algumas dessas organizações e as esferas governamentais, no que se refere à transparência para utilização do dinheiro público e privado (BRASIL, 2006; CRUZ et al., 2010)

A existência de um consenso quanta a capacidade e a forma de capacitação dos gestores para administrar as entidades do terceiro setor, de forma a gerar os resultados esperados pelas agências e órgãos investidores e de fomento, são nulos. Mesmo com aplicação do marco legal tendo como legitimado algumas das reinvindicações da sociedade, a maioria das organizações do Terceiro Setor não demonstram interesse ou apelos aos anseios garantidores pela legislação, colocando-se contra a ideologia governamental.

Com as pesquisas existentes identifica-se o descrédito das FASFILs (Fundações e Associações sem fins lucrativos), seja para proteção da Cultura, Educação ou direito do consumidor, tem pelos últimos anos um decréscimo na criação dessas entidades, segundo a pesquisa publicada pelo IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2008).

Na aderência os baixos investimentos por parte do governo e das agências nacionais e internacionais de cooperação não governamentais diante da crise mundial instalada desde 2008, imputa contra países desenvolvidos tais como USA e alguns da Europa, explícito sua indagação por percas financeiras.

Ainda de acordo com Gohn (2011), após o período de regime militar brasileiro, o Poder Público inverte o jogo e as Políticas Sociais passam a “flexibilizar” o papel do Estado no atendimento às demandas da sociedade, transferindo a responsabilidade de execução dos programas sociais, mas se mantendo detentor da gestão e controle de recursos por intermédio de parcerias em projetos. (Rigs – Revista interdisciplinar de gestão social -2016).

Conforme (LANDIN, 2008) o termo terceiro setor não foi criado pelo próprio padrão português, entretanto foi retirado da palavra inglesa americana THIRD SECTOR, tendo também concepção do conceito completo importado para o Brasil ao rever uma linha do tempo para analisar a trajetória e avanços das Organizações da Sociedade Civil (OSC), termo que se confunde com as Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) e o próprio termo ONG.

De acordo com CCB de 1916, (BRASIL, 1916), as organizações compostas como “sociedades civis” religiosas, científicas, literárias, as de utilização pública e as fundações, passaram-se a considerar pessoas jurídicas de direito privado, entretanto no ano de 1935 são determinadas por base legal pelas quais a sociedades são para utilidade pública (BRASIL, 1935), com evento da lei as entidades sem fins lucrativos passaram a ter o direito a isenções fiscais (TAVARES, 1999).

Em 1959, o certificado de Entidade Filantrópica foi criado (BRASIL, 1959), dando-se a nomenclatura de OSCs, obtendo o direito à isenção da contribuição previdenciária em advento. Já em 1998, a lei 9.608, sancionada, dando o direito ao serviço voluntário, tendo os serviços sem remuneração a própria vontade:

“[…] a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade” (BRASIL, 1998, p. 1)

Com tal legalidade as OSCs poderiam obter vantagens no trabalho voluntário com pessoas, sobre foco, poderiam cumprir com maior objeto suas missões, sem preocupação da remuneração aderida vindicada pela legislação trabalhista, tendo amparo jurídico a tal feito.

A partir de 1964, com a tomada do poder pelo regime militar e, mais tarde, com a quebra do ciclo de desenvolvimento econômico nos anos de 1980 e explosão da inflação, os problemas como pobreza e desigualdades sociais no Brasil foram potencializados e as suas consequências podem ser sentidas até os dias de hoje. Nesse contexto e com a redemocratização política do país no final dos anos de 1980, surgem movimentos da Sociedade Civil, como o Movimento da Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria e pela Vida, fundado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, com o intuito de enfrentar as questões geradas por esse cenário. Assim, em 1993, é criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) e elaborado o Plano de Combate à Fome e à Miséria (DEL PORTO, 2006).

Após a redemocratização do país, as organizações da sociedade civil brasileiras iniciaram um processo de articulação, cuja consequência foi a formação do cenário em que se encontra o Terceiro Setor hoje e, também, a criação, em 1991, da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), a qual conta atualmente com 240 ONGs associadas, tendo iniciado as suas atividades com 164 associados. A ABONG foi concebida como: “[…] uma sociedade sem fins lucrativos, democrática, pluralista, antirracista e antissexista, que congrega organizações que lutam contra todas as formas de discriminação, de desigualdades, pela construção de modos sustentáveis de vida e pela radicalização da democracia” (ABONG, 2004, p. 1).

Da mesma forma, como parte do processo de desenvolvimento da cidadania empresarial, surge em 1995 o GIFE, ou Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, reunindo organizações de origem privada que financiavam ou executavam projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. O GIFE, principal responsável pela popularização da expressão Terceiro Setor no Brasil (FALCONER, 1999), é por definição própria:

[…] uma rede sem fins lucrativos que reúne organizações de origem empresarial, familiar, independente e comunitária, que investem em projetos com finalidade pública. Sua missão é aperfeiçoar e difundir conceitos e práticas do uso de recursos privados para o desenvolvimento do bem comum, contribuindo assim para a promoção do desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio do fortalecimento político-institucional e do apoio à atuação estratégica dos investidores sociais privados. Além disso, o GIFE também organiza cursos, publicações, pesquisas, congresso, Grupos de Afinidade, Painéis Temáticos, Debates e outros eventos (GIFE, 2012, p. 1).

Os portadores de (AH – Altas Habilidades) e (SD –Super Dotação), são caracterizados com amparo sobre legislação presente pela LDB assim como pelo artigo 5°, §1 da CF/88, entretanto os portadores de AH, SD, podem obter transtornos globais deficiência, acoplados a tais fatores, tendo a obrigação das instituições a garantia de efetuar imputação de Curriculum, métodos, técnicas, recursos educativos e organizacionais para atender as necessidades especiais desses sujeitos.

Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

As perspectivas de Docentes por todo Brasil trazem uma analogia abrangente onde sobre endosso de MONTAÑO (2002) afirma-se: que as ONGs através da atuação do Terceiro Setor poderão mudar a realidade e combater a miséria que assola o mundo contemporâneo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada – IPEA divulgaram um estudo sobre as Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil – FASFIL, relativo ao ano de 2005, com o intuito de mostrar um retrato da distribuição espacial e o campo de atuação dessas organizações no país. O estudo, feito pela primeira vez em 2002, foi realizado com a parceria da ABONG e do GIFE (IBGE, 2008). Dessa forma, foi possível uma comparação das mudanças ocorridas 192 O Terceiro Setor no Brasil entre os anos de 2002 e 2005. Apesar de, no Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, serem identificadas 601,6 mil entidades privadas sem fins lucrativos, nessa categoria, estão incluídos, por exemplo, cartórios, partidos políticos, condomínios de edifícios e entidades religiosas ou de defesa de direitos de minorias. Utilizou-se cinco critérios para separar as organizações foco do estudo dos outros tipos: serem privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas, autoadministradas e voluntárias. Dessa forma, foram identificadas 338,2 mil FASFILs (IBGE, 2008). Fonte: (Rigs – Revista Interdisciplinar de Gestão Social).

Entretanto existem desafios criteriosos que abrangem todo sistema do Terceiro Setor, principalmente no quesito necessidades econômicas, não é somente complementar a formação de um CNPJ de uma entidade para que a mesma funcione, existe a acareação do recebimento de verbas, não disponíveis para entidades novatas, com facilidade, ficando a maioria em sua gestão ou administração através de sua diretoria não informados por conhecimentos técnicos suficientes para desenvolver a verdadeira atividade, as vezes não sobrevivendo por muito tempo, ou perdendo tempo e exercício após anos por paralização sem haver diretoria forte no trato ou com conhecimentos específicos necessários.

No contato direto das entidades fica claro que as principais, que não obtêm, se quer sede de funcionamento, acabam levando suas atividades por percepções particulares, não entendendo a proporção do poder de ação da própria Pessoa Jurídica.

Como fundamentos bases as entidades do terceiro setor sofrem por não exercer atividades de captação de recursos, esses necessários para garantia de manutenção da vida da sua espécie e objeto, no mesmo adendo a mesa de diretoria quando não influenciada por pessoas gradativamente entendidas, até mesmo profissionais no ensinamento de formas de funcionamentos, planejamentos e relações com criação de núcleos de capacitação de investimentos, levam a personalidade da entidade a exclusão social.

Em ato terciário os instrumentos de condução para melhor garantia da manutenção dos critérios de positivação da vida de uma entidade, sem fins lucrativos, não é somente o exercício do grupo para atos particulares ou sociais, e sim a criação de um projeto de amparo social, com finalidade remuneratório econômico de manutenção da vida da associação ou entidade, em especifico, a organização no patenteamento do Branding e da marca da entidade é um dos fatores para comercialização de produtos para vendas diretas com finalidade de arrecadação de fundos para uso dos objetivos da função social da entidade, além desses critérios a utilização da mão de obra pelos serviços prestados seja por voluntários ou por associados ou vinculados, garantem a seus pertencentes a finalidade de capitalização para exercícios futuros e presentes, não tendo como uma entidade mesmo sendo sem fins lucrativos se manter sem a composição de uma agenda em planejamento cronológico comercial, assim como contábil.

A finalidade do uso de eventos mesmo que sazonais como composição direta para averiguação de fundos para estruturamento das entidades, são funções sociais que seguem a vinculação aos objetivos do ente, entretanto, as vinculações devem ser programadas de forma que angariem fundos e novos pertencentes.

Toda entidade sem fins lucrativos necessita de um projeto comercial para manutenção da sua vida, entretanto, esse objeto econômico, precisa ter o registro humano de mãos voluntárias, associadas, e de caráter pensador, para garantir a existência e necessidade da função social ativa para o exercício do objeto do estatuto social da entidade, devendo em composições principais realizar adesão de contribuição social, novamente gerenciando a ideia de manutenção da vida da entidade.

As organizações internacionais passaram a fazer uma seleção mais rigorosa ao escolher ONGs para projetos a serem financiados. Passaram, então, a exigir mais eficiência, eficácia e efetividade organizacional. Mergulhadas nesse cenário, as organizações do Terceiro Setor foram obrigadas, nas duas situações descritas, a buscar uma profissionalização da sua força de trabalho, tanto de empregados próprios, como de voluntários. Nesse sentido, as organizações do Terceiro Setor passaram a ser exigidas por uma capacidade de gestão para elaboração de projetos, captação de recursos e de atendimento às expectativas de todos os grupos de interesse com relação às ações planejadas (CARVALHO, 2012).

Contudo, a busca por resultados na gestão do setor privado está pautada na obtenção do lucro, na distribuição de excedentes, o que não é o caso do Terceiro Setor (PIMENTA; BRASIL, 2006). Pimenta e Brasil (2006) apresentam, por um lado, uma pesquisa realizada com organizações do Terceiro Setor da cidade de Itabira-MG, onde se percebe a falta de preparo dos gestores para desempenhar de forma adequada e eficaz as suas funções, bem como não conseguem organizar e integrar a organização com as outras entidades, visando uma atuação em rede.

Por outro lado, Carvalho (2012) sugere, em pesquisa realizada comparando quatro ONGs de Salvador, que as organizações que seguem os preceitos da administração moderna obtêm melhores resultados do que aquelas que seguem sem nenhum tipo de profissionalização.

Diante do novo cenário que se configura, no qual as agências financiadoras, governo e empresas privadas passam a exigir mais pelo recurso investido nas ações sociais promovidas pelas organizações do Terceiro Setor, um quarto desafio que se apresenta passa invariavelmente pela capacitação profissional dos gestores dessas entidades de tal forma a proporcionar a obtenção de melhores resultados em eficiência, eficácia e efetividade, sem necessariamente perder o foco e a missão do fim social.

A criação de núcleos estruturais para qualquer tipo de entidade, garantem que o gerenciamento aberto sobre esses objetos proporcionalizem de modo não vagante a atuação por mão voluntária com excessos de acessos a terceiros e funções assim como administrações e gerenciamentos, tendo que focar o objeto principal do Estatuto em várias atuações, não vivendo somente de abstrato e teorias, mas sim de ações físicas e realistas.

4.0 – Necessidade de captação de rastreio de Sujeitos (AH/SD).

Entidades como a MENSA BRASIL é uma entidade que gerencia, controla, associa e realiza testes de QI aceitando associados com pontos psicométricos acima de 98, tendo uma total de 2.700 associados, sua entidade realiza testes na oferta de captação e rastreios de sujeitos com (AH/SD).

O Brasil detém a trigésima posição no ranking mundial de superdotados, embora seja o líder na América do Sul. Os Estados Unidos ocupam a primeira colocação, com 52 mil pessoas de QI elevado, seguidos do Reino Unido, com 19 mil, e pela Alemanha, com 16 mil. (Fonte: AgênciaBrasil.org)

De acordo com mapeamento da Mensa Brasil, São Paulo lidera o total de pessoas identificadas no Brasil como superdotadas, com 984 superinteligentes. Em seguida, estão Rio de Janeiro, com 229 pessoas, Distrito Federal, com 135, Paraná, com 134, e Rio Grande do Sul, com 94. Em contrapartida, Acre, Rondônia e Amapá não têm nenhum superdotado devidamente registrados. (Fonte: AgênciaBrasil.org)

Do total de superinteligentes identificados pela entidade no Brasil, 70% têm entre 19 e 36 anos. As pessoas entre 13 e 18 anos correspondem a 10%, mesmo patamar verificado para a faixa etária entre 37 e 45 anos. Apenas 5% possuem mais de 45 anos de idade. Já o membro mais idoso foi identificado pela Mensa Brasil aos 72 anos de idade. O vice-presidente disse que a Mensa Brasil teve aprovação nos instrumentos de testes para aplicar no Brasil e descobrir potencialidades em crianças a partir de 2,5 anos de idade. (Fonte: AgênciaBrasil.org)

Outras associações e entidades que fazem o rastreio de altas habilidades e superdotação são as entidades:

ABAHSD – Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados
Acerta – Assessoria Cultural e Educacional no Resgate a Talentos Acadêmicos
AGAAHSD – Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação
APAHSD – Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação
APAHSDF – Associação de Pais, Professores e Amigos dos Alunos com Altas Habilidades/Superdotação do Distrito Federal
APCS – Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas
ConBraSD – Conselho Brasileiro para Superdotação
IBSDEDE – Instituto Brasileiro de Superdotação e Dupla Excepcionalidade
Mensa Brasil – A Mensa é uma sociedade formada por pessoas de alto QI
NPAS – Núcleo Paulista de Atenção à Superdotação

O Q.I. é uma função variável, Segundo ela, para que os dados colhidos tenham algum valor deve-se levar em conta o contexto social e étnico das crianças. É preciso comparar seus resultados com a opinião de professores e o desempenho escolar da criança.

A necessidade de rastrear crianças pelo terceiro setor imputando as entidades de realizarem seus serviços sendo o objeto de seu estatuto AH-SD, utilizar de métodos tais como requisição e intimações de instituições de ensino superior e particulares e setores privados que trabalhem com a educação, para criar diretriz estatística de posse de relatórios na identificação desses sujeitos.

A legislação garante o apoio ao ensino especial e adequação a essas pessoas, entretanto, sem uma fiscalização por algum órgão e entidade, não há como obter rastreios e relatórios da identificação se tais pessoas acessam essa qualidade ou ensino e educação, geralmente tendo informes de pessoas já adultas em sua designação, quando procuram suporte profissional.

A base da ação do trato com AH/SD precisa ser identificada por chamamento público, os fatores de identificação poderão ser realizadas pelos profissionais da educação ou pelos familiares e até mesmo pelos amigos próximos, entretanto, não há como identificar zelo da procura por entidades de ações com esses sujeitos, pois em tese maior, o desconhecimento da existência de tais organizações são reais, assim como o desconhecimento de quem o sujeito seja, pois geralmente o AH/SD obtêm outros tipos de transtornos globais de desenvolvimento não sendo na maioria das vezes perceptíveis suas altas habilidades ou superdotação, por falta de avalição capacitada ou treinamento adequado.

5.0 – O trato do terceiro setor as pessoas portadoras de AH/SD.

Com poucos recursos além de atendimentos psicológicos, através de testes avaliativos e proporcionalidades de serviços psicopedagógicos, o trato com atendimento aos portadores de AH/SD, vem sendo negligenciado pelo terceiros setor, em sua primazia somente realizando pesquisas de campo e atendimento para rastreio.

Os portadores de Altas Habilidade são sujeitos que nem sempre são isentos de obtenção de reflexos de transtornos sociais, de desenvolvimento, personalidade, ou transtornos globais. As distinções de suas avaliações e composições e Estatus deste âmbito, social, familiar, educacional, pessoal, sexual, são negligenciados nos atendimentos pelas entidades para melhor amparo tanto psicológico, físico, econômico e mental, angariando no decorrer de suas vidas, seu rastreio e poucas possibilidades do real amparo pelo Terceiro Setor, desestabilizando durante o desenvolvimento da vida infantil para adulta, a melhor capacitação e evoluções de suas habilidades e Superdotação.

A proposta de atendimento educacional especializado para os alunos com altas habilidades/superdotação tem fundamento nos princípios filosóficos que embasam a educação inclusiva e como objetivo formar professores e profissionais da educação para a identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação, oportunizando a construção do processo de aprendizagem e ampliando o atendimento, com vistas ao pleno desenvolvimento das potencialidades desses alunos.

A atuação do MEC/SEESP na implantação da política de educação especial tem se baseado na identificação de oportunidades, no estímulo às iniciativas, na geração de alternativas e no apoio aos sistemas de ensino que encaminham para o melhor atendimento educacional do aluno com altas habilidades/superdotação. Nesse sentido, a Secretaria de Educação Especial, implantou, em parceria com as Secretarias de Educação, em todas as Unidades da Federação, os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S. Com essa ação, disponibiliza recursos didáticos e pedagógicos e promove a formação de professores para atender os desafios acadêmicos, sócio emocionais dos alunos com altas habilidades/superdotação. (Cláudia Pereira Dutra – Secretaria de Educação Especial, 2007).

A exclusão social nos primeiros contatos com a educação, assim como o ambiente familiar de diferenciação entre irmãos, amigos  e colegas, imputam um quebrar de desenvolvimento psicológico muito extasiado nos portadores de AH/SD, e por não existir cursos introdutórios e designações de especializações por organizações terceirizadas com intuito de provocar um verdadeiro amparo a esses sujeitos, a inexistência de poder para desenvolver o potencial desses portadores não são levados a altos patamares, gerando um impacto de inexistência de mudanças positivas gigantescas.

Pesquisadores chamam a atenção para o fato de que todos temos aspectos comuns no nosso desenvolvimento e, embora nem todos nós sejamos um dia reconhecidos por nossos talentos, torna-se reconfortante pensar que podemos encorajá-los e desenvolvê-los pelo menos para levarmos vidas mais produtivas e satisfatórias.  (Cláudia Pereira Dutra – Secretaria de Educação Especial, 2007).

O Terceiro Setor como via direta no amparo as fontes inexistentes de poder Governamental, tem como papel principal digerir e processar uma forma de engatilhar procedimentos de capacitação, amparo, poder de fiscalização, poder de proteção, e suporte familiar para os sujeitos AH/SD, tais possibilidades entram em consenso com ato direto já desenvolvido nos USA sendo eles potenciais processos criados por Joseph Salvatore Renzulli, inclusive atuante com a força tarefa da casa branca para atendimento direto de desenvolvimento de superdotados e altas habilidades, tendo ganho o prêmio Harold W. McGraw Jr.

Os principais processos criados por Renzulli é a diferenciação do curriculum dos AH/SD, através do método conhecido como “os três anéis” um modelo tríplice de capacitação, enriquecimento e elevação do poder do sujeito portador.

Hoje métodos de aplicação por entidade ou profissionais no Brasil, não seguem preceitos de indicativos “novos”, “instrumentais”, simplesmente realizam relatórios com respostas psicométricas, sendo realizados somente por psicólogos, entretanto, serviços de aplicação no enriquecimento de produção de altas habilidades, desenvolvimento ou até mesmo profissionalização dos AH/SD são desconhecidos.

Atualmente entidades do terceiro setor que aplicarem o enriquecimento dos sujeitos AH/SD através de workshops, serviços de treinamentos para famílias, amigos, educadores e diversos profissionais, garantiriam um endosso de pluralidade na evolução do pensar do aspecto sócio econômico educacional profissionalizante brasileiro, vide que em grandes descobertas mundiais parcialmente profissionais e pesquisadores brasileiros são contribuintes, entretanto, por falta de fiscalização e requisições, por entidades públicas, a inexistência de entidades na luta por elevação do enriquecimento das altas capacidades e superdotação são uma realidade, não trazendo impactos positivos para sociedade e ambiente humano.

As necessidades de impactos de enriquecimento e “development” precisam ser adestrados por entidades que entendam que a abrangência seja na sequência da linha de pesquisa científica, artes, expressões, educação, tech, entre outras milhares de áreas, precisam ser geridas por núcleos de controles profissionais, eis que pessoas normais sem capacitação não poderiam atender os sujeitos AH/SD.

Entretanto, para autores como Montaño (2002), a dimensão das atividades das Organizações do Terceiro Setor, muitas vezes, não é tão bem-sucedida financeira ou socialmente como a literatura parece fazer acreditar. O autor aponta vários limites para tais organizações: a falta de estabilidade financeira; a estrutura organizacional precária e dependência do apoio governamental sob a forma de subvenções organizacionais. Em geral, são experiências vinculadas a um quadro territorial específico (um bairro, uma cidade, uma região) que tentam, por intermédio de suas práticas, enfrentar as problemáticas locais. Articulam diferentes setores da sociedade para terem seus projetos aprovados e financiados. Porém, são vários os limites apontados para o Terceiro Setor: desde a instabilidade financeira, a qual leva a uma grande dependência do apoio governamental ou de outros financiadores, a uma precária estrutura organizacional.

As necessidades de promoções e proporcionalidades para o amparo garantidor de um real suporte aos sujeitos nexos, a estabilidade econômica política das entidades precisam obter controle sobre o processamento direto provindo do Terceiro Setor, neste quesito, a influência e acessórios de doações, emendas parlamentares, investimentos diretos, promoções, comercialização da marca para fins sociais, criação e venda de produtos tais como livros, revistas, e workshops com palestras e cobranças de ingressos por eventos diretos realizados por seus presidentes, são adequações de investimentos para poder econômico direto na finalidade e objeto específico de entidades que possam atender os sujeitos AH/SD, pois hoje na visão de l (FALCONER, 1999; TAVARES, 1999; FERRAREZI, 2001; ALVES; KOGA, 2003; PERES, 2005; DEL PORTO, 2006; SILVA, 2010), tanto na legislação quanto em iniciativas da própria sociedade civil, com a criação de associações, fundações e institutos que promovem a ampliação da consciência para questões sociais e fomentam discussões para futuras melhorias, o Terceiro Setor ainda tem o grande desafio de criar condições favoráveis à organização socioeconômica coletiva e autogestionária.

6.0 – Conclusão.

Em fator por revisão teórica em distinção de comparação por leitura e pesquisa literária o terceiro setor no trato direto a pessoas com altas habilidades e superdotação, ainda segue uma ação direta em ato de rastreio com relatórios de avalições desses sujeitos, em maior parte pela falta da capacidade econômica direta e conhecimentos específicos na criação de delimitação na produção de novas abordagens ou aspectos de sofisticação na prestação do suporte e serviços movidas pelo Terceiro Setor, em suma, as doravantes prestações de suporte a família, amigos, o sujeito, e profissionais, sendo elas inexistentes, imputam a nulidade de “prestações”, no suporte, ou qualquer tipo de impacto direto por tratamento na gestão de entidades que utilizem de enriquecimento dos sujeitos, concluindo que a fiscalização, requisição e ações civis públicas, fatores diretos do poder do terceiro setor, são pouco utilizadas nas representações associativas, até mesmo as linhas de pesquisas científicas não se adequam na construção de exposição suficientes de análises experimentais, comportamentais ou relatórios de evoluções sobre novas formas de prestações de atendimento a esses sujeitos, necessitando principalmente em regiões com menor poder de controle sobre tais sujeitos, com rejeitos de acesso a informações por não ser regiões de poder metrópole massificado, indistintas de poder no suporte ou atuação, tendo o presente instrumento identificado que o trato aos sujeitos superdotados na região Norte do Brasil não obtêm catalogação ou prestação de serviços, sendo nulos, necessitando da criação de novos serviços, suportes, prestações e requisições públicas para amparo direto e enriquecimento do poder do Terceiro Setor na adestração dos portadores de AH/SD e correção nos relatórios de captação de registros dos Estados de Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Roraima entre outros.

7.0 – Referências Bibliográficas.

AGENCIABRASIL.ORG

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